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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Às vezes choro e grito, diz mulher que perdeu filhas em Angra

A terra que deslizou levou árvores e casas Foto: Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil A terra que deslizou levou árvores e casas em Angra dos Reis
04 de janeiro de 2010
Foto: Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil

Andrea Bruxellas
Direto do Rio de Janeiro
A jornalista Cláudia Cristine Ribaski Brazil Repetto, 42 anos, que sobreviveu a um deslizamento de terra na praia do Bananal, em Angra dos Reis, afirmou nesta terça-feira que as vezes chora e grita ao lembrar das filhas Geovanna, 12 anos, e Gabriela, 9 anos, que morreram no acidente. Cláudia foi submetida na segunda-feira a uma cirurgia para a fixação da 12ª vértebra toráxica e está internada na UTI do Hospital Copa D`Or em observação.
"Meu consolo é que Geovanna e Gabriela eram muito unidas apesar de brigarem de vez em quando, como toda irmã. Mas nenhuma delas admitia que ninguém falasse mal da irmã. Elas morreram juntinhas para cuidarem uma da outra. Às vezes converso com elas em pensamento. Outras vezes, choro e grito", disse Cláudia a uma amiga que foi visitá-la no hospital. A jornalista sofreu fraturas em três vértebras e teve as duas pernas esmagadas por causa do acidente.
Segundo a amiga da família, que preferiu não se identificar, Cláudia fala sem reservas sobre o assunto. Ao contrário do marido, internado na Clínica São Vicente com complicações renais, ela quer receber visitas e a energia de parentes e amigos que se revezam o tempo inteiro para prestar solidariedade à família.
"Cláudia contou a história toda. Disse que esteve consciente durante toda a tragédia. Lembrou que a família toda passou o Réveillon na casa do tio, irmão do pai do marido, e que, apesar da chuva, as filhas quiseram ir dormir na casa alugada por eles ao lado. Os tios, Renato de Assis Repetto e a cunhada Ilza Maria Roland, foram então levá-los. Acabaram dormindo lá e falecendo de madrugada em decorrência do acidente", disse a amiga.
Ao lado de Cláudia, no momento da visita, havia uma imagem de São Judas Tadeu e um terço repousava sobre o peito da paciente, que buscava consolo na crença de que as filhas estariam juntas no céu. "Agora tenho que me apegar ao meu marido. Somos só nós dois e precisamos cuidar um do outro para levar a vida", disse Cláudia à amiga.
Marcelo Repetto, pai das crianças, tem evitado falar sobre o assunto. Perguntou apenas uma vez ao pai se os corpos das meninas já estavam no Rio. Segundo a amiga da família, Marcelo era um pai muito amoroso e dedicado e está encontrando muitas dificuldades em lidar com a nova realidade e não quer receber visitas. Segundo a assessoria da Clínica São Vicente, não há previsão de alta para o paciente, que está sendo submetido à hemodiálise.

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