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segunda-feira, 1 de março de 2010

Chile impõe toque de recolher em áreas mais atingidas por terremoto

Exército foi enviado a cidade próxima do epicentro onde ocorreram saques; mortos passam dos 700.

Depois de uma reunião com o Comitê de Emergência, a presidente do Chile, Michelle Bachelet anunciou os detalhes de um plano de ação elaborado junto com os ministros para enfrentar a devastação causada pelo terremoto de magnitude 8,8 que atingiu o país no sábado.

Entre as medidas do governo está a imposição de um toque de recolher nas duas regiões mais atingidas, Maule e a região da cidade de Concepción (Bío Bío), que começa na noite deste domingo. As duas regiões foram consideradas zonas de catástrofe.

O Exército foi enviado à Concepción para ajudar a polícia local, depois que o comércio da cidade foi alvo de saques. Concepción é a segunda maior cidade do país e o centro urbano mais próximo do epicentro do terremoto (90 quilômetros).

"Estamos em uma emergência sem precedentes na história do Chile. Assinamos com o ministro do Interior e da Defesa o decreto de exceção nacional de catástrofe para as regiões de Maule e Bío Bío", afirmou Bachelet.

Esta decisão implica que as autoridades poderão restringir certos direitos constitucionais, como o de circulação ou transporte de mercadorias, para evitar incidentes ou maiores danos.

A presidente chilena também anunciou na tarde de domingo o aumento do número de mortos no terremoto, que chegou a 708, mas reconheceu também que este número deve aumentar.

"A catástrofe é enorme... e há um número crescente de pessoas desaparecidas. Tenho a certeza de que estes números continuarão crescendo", disse Bachelet.

A presidente chilena afirmou que 541 pessoas morreram apenas na região de Maule, 64 na região Bío Bío e um total de 103 mortos em outras áreas.

Michelle Bachelet também anunciou o início imediato da distribuição gratuita de alimentos de primeira necessidade nas áreas mais devastadas pelo terremoto, entre elas, Concepción.

Apesar da reabertura de estradas e do aeroporto de Santiago, os grandes danos ainda estão impedindo os trabalhos das equipes de resgate e há muita dificuldade para se chegar aos que ainda estão soterrados nos escombros.

Cerca de 1,5 milhões de residências foram danificadas e, de acordo com Bachelet, cerca de 2 milhões de pessoas foram afetadas pelo terremoto. Foi o maior tremor registrado no país em 50 anos.

Custos e danos

O presidente eleito Sebastián Piñera deve assumir o cargo dentro de duas semanas e já tem se manifestado a respeito do terremoto e da reconstrução do país.

"Será uma tarefa muito grande e vamos precisar de recursos", ele disse.

A companhia de avaliação de riscos americana Eqecat calculou que os prejuízos se situem entre US$ 15 bilhões e US$ 30 bilhões, equivalentes a algo entre 10% e 15% do Produto Interno Bruto (PIB) chileno.

Em cidades costeiras, como Talcahuano, perto de Concepción, tsunamis gerados pelo tremor destruíram instalações portuárias e a infraestrutura próxima do mar.

Em Curicó, a 180 km ao sul de Santiago, cerca de 90% do centro histórico da cidade foi destruído.

Saúde

O comitê liderado por Bachelet concluiu que o setor de saúde é o que, no momento, requer medidas mais urgentes.

Para lidar com as emergências no país, a presidente informou que vai usar toda a rede pública de saúde para atender pacientes em situação crítica, enquanto continuam os transportes de hospitais destruídos ou fechados nas áreas mais atingidas até outros centros de assistência que estão funcionando.

"Vamos buscar soluções distintas, como hospitais de campanha, mas também vamos adaptar locais que permitam a implementação de soluções no médio prazo", afirmou Bachelet.

O comitê também determinou o envio de cerca de 400 urbanistas para as ruas das áreas afetadas pelo terremoto para avaliar a situação dos prédios. Entre estes prédios haveria muitos que não apresentam problemas visíveis, mas poderiam ter problemas estruturais graves.

A ajuda também poderia chegar do exterior. O governo chileno está avaliando como proceder com a chegada de equipes de resgate internacionais para dar apoio nestas áreas.

Aeroporto

Por ora, há uma opinião geral entre os observadores de que a resposta do governo chileno ao terremoto foi rápida.

O aeroporto na capital, Santiago, foi reaberto neste domingo com um total de cinco voos internacionais chegando ao local. O aeroporto, um dos principais do país, tinha sido fechado devido aos danos causados pelo terremoto.

Autoridades também informaram que o serviço de transportes públicos está retornando ao normal. Uma linha de metrô em Santiago foi reaberta.

O governo também decidiu aplicar soluções de emergência como a colocação de pontes removíveis onde as originais caíram, ou a abertura de caminhos alternativos para estradas e ruas bloqueadas.

"O problema que temos agora se chama energia: restabelecimento rápido da energia", afirmou o ministro do Interior, Edmundo Pérez Yoma.

Mais, ainda é preciso fazer chegar ajuda humanitária a muitos que precisam, como moradores da ilha de Juan Fernandez, onde cinco pessoas morreram.

Para complicar a tarefa, após o terremoto principal, dezenas de "réplicas", ou tremores secundários, atingiram o Chile - incluindo um tremor de magnitude maior que 6 registrado neste domingo.
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