Técnico da África do Sul fala da emoção de conhecer Mandela e garante que Dunga não o cumprimentou depois do jogo contra o Brasil
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Recentemente, Joel resolveu assumir o inglês de uma vez como a língua usada nas entrevistas. Sabendo que tem dificuldades, o brasileiro explicou porque parou de usar o português e que não está nem ai para as gozações.
- Me chamou atenção uma coisa. Um dia eu estava em uma entrevista coletiva e me pediram: ‘fala em inglês errado mesmo, a gente quer ouvir os seus sentimentos’. Se não vai ter reclamação, então vou falar só em inglês agora – explicou Joel.
- (as brincadeiras) Não me chateiam não, cheguei em um momento que eu já vi tanta coisa que não me incomoda mais. Infelizmente, na nossa terra as pessoas antes de elogiar, elas criticam. Será que eu não tenho o direito de fazer o que eu quero com 60 anos? Então essas brincadeirinhas e chacotas já não tem mais espaço para entrar no meu contexto – garantiu o técnico.
Antes de enfrentar o Brasil na semifinal da Copa das Confederações, Joel teve uma experiência diferente. Junto com os jogadores da seleção sul-africana, o técnico foi conhecer o ex-presidente Nelson Mandela, líder negro que ajudou a acabar com o Apartheid no país.
- Ele é um mito, um herói. Uma pessoa que sentado ali transmite uma energia incrível. Eu tive o prazer de cumprimentá-lo e ele me disse: ‘boa sorte’. E um boa sorte do Mandela é um energia. Fiquei hipnotizado, porque ele é um monstro sagrado. Os meus netos fizeram questão de tirar a foto e receber a camisa dos bafana-bafana, foi uma tarde diferente na minha vida, que ficará marcada para sempre na minha vida. A gente nunca viu tudo nesta vida.
Depois de comentar a emoção de ouvir o hino do Brasil, Joel Santana revelou que o que realmente o incomodou foi a indiferença do técnico Dunga. Segundo ele, Dunga não fez questão de cumprimentá-lo e foi ele quem teve que ir até o treinador brasileiro.
- Depois do jogo fui falar com o Julio César, com o Robinho, com o Pato. O Dunga eu fui falar com ele, mas ele não foi falar comigo, não. Eu falei com todo mundo do Brasil. Eu achei uma falta de cavalheirismo, porque o Dunga foi meu jogador, e o Jorginho também. Certas coisas na vida não tem nada a ver, mas está tudo certo – lamentou Joel.
Por fim, o treinador falou sobre seu futuro e garantiu que se conseguir um espaço na Europa, gostaria de trabalhar lá antes de voltar para o Brasil.
- Eu gostaria, se eu pudesse, de trabalhar na Europa, mas se não conseguir eu volto para casa. Já está na hora de botar minha mala num canto. A mala já ta adaptada.
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